Cria do Valério, Riva brilhou em campo e rodou o mundo

quarta-feira, 12 de junho de 2019




Do site do Supernotícias

O Valério está entre os clubes do interior que realizava excelente trabalho na formação de jogadores. Riva, hoje aos 49 anos, é um dos talentos revelados em Itabira. Ele já se destacava nas categorias de base.

Em 1989/90, foi bicampeão mineiro de juniores e escolhido um dos destaques. Aos 18 anos, foi efetivado no profissional pelo técnico Vantuir Galdino, que viu qualidades no ponta-direita. Ele dava trabalho aos laterais com sua velocidade.

Riva foi campeão da Taça Minas Gerais em 1992 com o Valério. Depois foi emprestado ao Cruzeiro para jogar o Brasileiro de 1993, assumindo a condição de titular. Seu futebol agradava aos treinadores Ênio Andrade e Jair Pereira, mas não aconteceu o acordo entre as diretorias para Riva permanecer na Toca da Raposa. Ele então foi emprestado ao Paços de Ferreira, de Portugal, com a participação do presidente Eduardo Maluf e do empresário Adelson Duarte.

Na estreia, contra o Gil Vicente, já fez gol. Em um amistoso contra o CSKA, marcou dois chamando atenção dos torcedores. Porém, como não aconteceu a negociação em definitivo, Riva voltou para o Valério.

Em seguida, foi emprestado ao América. Depois de um ano, retornou a Portugal, onde permaneceu por oito anos, negociado primeiro com o Vitória de Guimarães. Por lá, fez uma boa temporada e depois se transferiu para o Braga.

Riva fez gol no Porto em cima do famoso goleiro Vitor Baía, o “Taffarel” dos portugueses. O Benfica tentou contratar Riva, sem sucesso. O ex-jogador conta que gostava de disputar a Copa da Uefa e a Champions League.

Ele, que trabalhou com os treinadores Abel Braga e Paulo Autuori em Portugal, voltou ao Brasil em 2003 e foi jogar na Ponte Preta. Em 2004, jogou ao lado de seu irmão Samis no Democrata de Sete Lagoas. Uma lesão no joelho esquerdo o fez encerrar a carreira.

Eduardo Maluf foi um ‘exemplo de dirigente’

Em Itabira, Riva criou um projeto social. Hoje, no Riva’s Sports, ele possui dois núcleos de futebol com recursos próprios e recebe mais de 200 alunos.

Enquanto realiza seu trabalho de formação de atletas, Riva busca na lembrança jogadores de bom nível que teve como companheiros em sua época de atleta profissional, como Geraldinho, Julio Verne, Mauricinho, Nonato, Ademir, Boiadeiro, Alex Mineiro.

Eduardo Maluf foi para o ex-jogador Riva “um exemplo de dirigente”. E quanto ao futebol? Riva só tem agradecer. Por meio do esporte, conheceu os principais países do mundo. Mas hoje ele fica triste com a situação do Valério, que “está abandonado”.

Em ano de Copa América, Riva fala do craque Neymar: “Belíssimo jogador, mas muito fraco da cabeça, não aguenta pressão e não vai superar Cristiano Ronaldo. E tem que ficar de olho no Mbappé.”



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