Mano Menezes tem 8 jogos no Cruzeiro: 5 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota, logo na estreia. Aproveitamento de 66,6% no Brasileirão, o mesmo do Palmeiras em toda a competição. Assim como no ano passado, que você leu aqui, Mano mudou as aspirações do Cruzeiro.
Não existe “segredo”, e sim a identificação que o Cruzeiro de Paulo Bento jogava bem, tinha muita posse de bola, mas não conseguia criar espaços na frente. Em uma bola perdida, vinha o contra-ataque como nos 2x1 do Sport no Mineirão. Mano “mudou a chave”: mesmo 4-2-3-1, mas com uma última linha mais segura, recuada e protegida pelo meio-campo, e ataques mais rápidos com De Arrascaeta centralizado, como na vitória de 2x0 sobre o América-MG.
Mas a diferença não é só nos dois zagueiros e laterais. Como Mano explicou, é um processo: “Os atacantes precisam induzir o adversário para nosso lado mais forte. Quando todo mundo entender, nossa defesa vai receber a bola em condições mais favoráveis para defender. Em qualquer time do mundo, quando um atacante recebe uma bola em condição muito favorável, os defensores terão dificuldade, pois o atacante é mais veloz e habilidoso. É um processo contínuo. Também usamos marcação zonal, para se manter organizado e subir a pressão no momento certo, além de cansar menos”.
O Cruzeiro também tem mais condições de reter a bola e trocar passes mais velozes no campo de ataque. Não fica aquele “toca-toca” que possibilitava ao adversário uma roubada e um contra-ataque rápido. Perdeu a bola? Pressiona rápido, assim o adversário não consegue penetrar com tanta facilidade no campo do Cruzeiro. A linha defensiva fica mais posicionada, sem sair tanto para dar o bote em atacantes, como Bruno Rodrigo indicou: “Estamos mais bem posicionados. Recuamos um pouco mais a linha. Estamos exigindo erros do adversário. Todo mundo está empenhado na marcação quando não temos a bola.” È uma melhora conjunta, o ataque melhora, porque a defesa melhorou, o ataque é mais eficiente porque a defesa é mais segura, e por aí vai. Um futebol sistêmico e moderno no treino e em campo.
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