Mapa da mina: veja pontos fortes e fracos de Atlético e Cruzeiro para o clássico de domingo

domingo, 18 de setembro de 2016


O clássico mineiro deste domingo, às 16h, no Mineirão, é coberto por uma atmosfera tensa. Enquanto o mandante Cruzeiro luta para se distanciar do Z4, o terceiro colocado Atlético tenta se aproximar ainda mais dos líderes do Campeonato Brasileiro. Mas, em um jogo que vale tanto para as duas equipes, o que pode ser decisivo?

Para além da mística e de todas as incertezas que envolvem o futebol - especialmente quando se trata de clássico -, oSuperesportes analisou aspectos dos últimos dez jogos de Atlético e Cruzeiro na Série A. A seguir, confira alguns dos pontos fortes e fracos das duas equipes.

Cruzeiro
Pontos fortes

Desde que assumiu o Cruzeiro, Mano Menezes mudou radicalmente a forma da equipe jogar. Com Paulo Bento, a ordem era ter a bola, trocar passes e ‘mandar’ no jogo. O time atual tem menos posse, mas é mais efetivo. Para fazer um gol, a equipe precisa finalizar pouco mais de dez vezes à meta rival - número que vem caindo nas últimas partidas.

O Cruzeiro de Mano tem linhas mais compactas e uma rápida transição ofensiva - especialmente com o apoio de Sobis, pela esquerda, e Arrascaeta, pela direita e, por vezes, pelo centro.

Não à toa, a equipe tem se destacado em jogadas de contra-ataque. As últimas duas vitórias do Cruzeiro (2 a 0 contra Santa Cruz e América), inclusive, tiveram gols em transições em velocidade.


A melhora passa fundamentalmente pelos pés de dois jogadores que vivem grande fase no clube. A dupla Arrascaeta-Ábila é responsável por 62,5% dos gols marcados pelo Cruzeiro no segundo turno do Brasileirão. Suspensos na derrota contra o São Paulo, eles voltam à equipe titular no clássico.

Pontos fracos


Com a chegada do técnico Mano Menezes, o Cruzeiro subiu de rendimento e melhorou de posição na tabela. Algumas fraquezas, no entanto, ainda acompanham o time. Foram 13 gols sofridos nos últimos dez jogos - alguns deles após erros defensivos evidentes.

Grandes responsáveis pela saída de bola do Cruzeiro ao lado dos volantes, Edimar e Lucas são, respectivamente, terceiro e quarto jogadores da equipe que mais erraram passes no Brasileiro.

Lucas, que não treinou nesse sábado e poderá ser substituído por Ezequiel neste domingo, é o quarto do time que mais perde a posse de bola - foram 54 vezes ao longo da competição. Com vocação mais defensiva, Edimar é o quarto que mais desarma no time. E, de quebra, recebe a ajuda de Rafael Sobis na marcação.

Apesar dos problemas, o sistema defensivo não tem sofrido apenas com jogadas pelos lados do campo. Os lances de infiltração de equipes adversárias têm surtido efeito e dado trabalho para os zagueiros do Cruzeiro. Apesar de o Atlético ter em Pratto e Fred jogadores com menos característica de infiltração, Robinho, Otero, Cazares e os volantes podem exercer esse papel.

Atlético


Pontos fortes

O poderoso e experiente ataque é, certamente, uma das principais virtudes do Atlético para o jogo contra o Cruzeiro. Apesar de o time titular não ter sido confirmado por Marcelo Oliveira, a possibilidade de contar com jogadores como Fred, Pratto, Robinho e Cazares é privilégio no Brasil.

Coletivamente, a equipe tem sido questionada nas últimas partidas. Individualmente, no entanto, o poder de decisão desses jogadores pode mudar o cenário de grandes jogos - especialmente em clássicos.

Outro ponto forte é a bola aérea - característica marcante de todas as equipes comandadas por Marcelo Oliveira. Fred, em especial, tem exercido papel importante nesse sentido, seja para colocar a bola na rede, seja para fazer o papel de pivô.

Além de Fred, Lucas Pratto e, curiosamente, Robinho, têm fortalecido a presença atleticana na área adversária. Dos 16 gols marcados nas últimas dez partidas, 14 saíram de dentro da área.


Robinho, habitualmente deslocado para o lado do ataque, tem aparecido com frequência na parte central do campo. Ainda assim, o flanco esquerdo é o mais explorado pela equipe alvinegra. É justamente neste setor que o Atlético pode surpreender - em ataques nas costas de Lucas, caso o lateral seja confirmado na partida, criticado pelas últimas atuações.

Pontos fracos

Nas últimas dez partidas, o Atlético foi vazado dez vezes. Os duelos contra o Santos (derrota por 3 a 0) e o Fluminense (derrota por 4 a 2) foram marcas negativas para o sistema defensivo alvinegro.

Mas, afinal, de onde surgiram essas jogadas?

Das jogadas dos dez gols sofridos, quatro surgiram em lances de bola aérea e outros quatro em contra-ataques ou transições rápidas do time adversário - justamente um dos pontos fortes do Cruzeiro. Os dois restantes foram um de falta e um num chute de longa distância.

Por conta desses números, a transição defensiva é uma das preocupações do Atlético. Especialmente quando se lança ao ataque em busca do resultado, a equipe não consegue se recompor com tanta velocidade.

A bola aérea é um dos pontos fortes do Atlético. Curiosamente, também é um dos pontos fracos. Contra Santos, Chapecoense e Vitória, a marcação individual não funcionou e a equipe foi vazada em lances de cruzamentos. A vantagem, no entanto, é que o ataque cruzeirense não possui estatura alta.

A esperança de reverter o mau desempenho defensivo passa pela volta da dupla de zaga titular justamente no clássico. Recuperado de lesão, Erazo formara a defesa titular com Leonardo Silva neste domingo.


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