Sem clube há nove meses, Fabrício curte Rio de Janeiro e afirma sentir saudades do Cruzeiro

quarta-feira, 22 de junho de 2016


Símbolo de raça para os torcedores do Cruzeiro, Fabrício segue sem clube. A última equipe defendida pelo volante foi o Joinville, onde atuou por 10 partidas na temporada passada. Desde a saída do time catarinense (setembro de 2015) o ex-jogador da Raposa passou a morar no Rio de Janeiro e não assinou nenhum contrato. Apesar dos nove meses inativo, Fabrício avalia o retorno aos gramados. “Até penso em voltar (a jogar futebol), mas até agora não apareceu nada interessante”, disse. 

A entrega e a liderança apresentadas pelo jogador nos tempos de Cruzeiro cativaram o torcedor celeste. Na Raposa, Fabrício participou de 141 jogos e marcou nove gols entre 2008 e 2011. “Sou muito grato à torcida. O Cruzeiro foi um time que eu gostei muito de jogar. É uma família. Sempre quando vou a BH a torcida demonstra que gosta de mim. Foi uma época boa. Tenho saudades”, afirmou. 

Um dos gols do volante é guardado com mais carinho na memória dos cruzeirenses. Na goleada histórica por 6 a 1 sobre o Atlético, Fabrício deixou sua marca e ajudou o Cruzeiro a se livrar do ‘fantasma’ do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. O jogador relembrou os bons momentos que passou em dérbis contra o maior rival do time celeste. “Os clássicos eram momentos inesquecíveis. No clássico, a gente tinha confiança que iríamos fazer grandes jogos e manter a escrita. Teve 5 a 0 (em 2008), no outro ano mais cinco (5 a 0, em 2009), em 2011 (6 a 1)... foi uma goleada, né. Esses três momentos foram os mais marcantes”, comentou.

Confira a entrevista completa de Fabrício ao Superesportes 


Saída do Joinville

Não estava me sentindo bem lá. Eu não me adaptei lá no clube, na cidade. Por isso, pedi para sair. A passagem por lá foi boa para ficar perto da minha família. Mas assim, profissionalmente, não foi muito bom. 

Época no Cruzeiro (atuou entre 2008 e 2011)
Foi uma época boa. Tenho saudades. Às vezes a gente até revive ela, pois meus filhos eram pequenos quando eu jogava no Cruzeiro, então eles não lembram muita coisa. Aí vira e mexe eles me pedem pra ver as coisas da época de Cruzeiro. Foi uma passagem muito boa. 

Final da Libertadores de 2009 

O time do Estudiantes era um time muito bem armado. Jogou melhor fora do que em casa. Futebol tem disso. Saímos na frente e achamos que iríamos ganhar (Partida, no Mineirão, terminou 2 a 1 para os argentinos). Foi triste, ainda paro para pensar. Foi triste perder a final, era uma chance única. Foi um momento negativo no Cruzeiro. Chegar na final, saímos ganhando... Pô, depois... foi uma decepção muito grande 

Clássicos


Desde quando eu cheguei aí (em Belo Horizonte) em termos de clássico foi muito favorável para o Cruzeiro. Os clássicos eram momentos inesquecíveis. No clássico, a gente tinha confiança que iríamos fazer grandes jogos e manter a escrita. Teve 5 a 0 (em 2008), no outro ano mais cinco, em 2011... foi uma goleada, né. Esses três momentos foram os mais marcantes em clássicos. O Cruzeiro tinha bem mais vitórias. 

Saída do Cruzeiro (dezembro de 2011)

Pesou muito o lado financeiro. Porque o São Paulo me dava um ano a mais de contrato e, na época, eu não estava me entendendo com os diretores. Eles também me chamaram para negociar depois que eu tinha acertado com o São Paulo, na hora que viram que eu ia sair mesmo. Eu me arrependi depois, por ter deixado o Cruzeiro. Mas, faz parte. 

Relação com a torcida do Cruzeiro


Sou muito grato à torcida. O Cruzeiro foi um time que eu gostei muito de jogar. É uma família. Sempre quando vou a BH a torcida demonstra que gosta de mim. Aqui no Rio também, quando encontro os cruzeirenses, o pessoal vive tirando foto comigo 

Cruzeiro rebaixado?

Tem que tomar cuidado. O campeonato é longo. Eu passei dificuldades em 2011, tira o sono. Tem que ligar o alerta o quanto antes, porque o Cruzeiro tem uma história linda, a gente torce para não dar errado. 

Elenco cruzeirense

Acho que a rapaziada tem qualidade e o treinador é bom, mas a galera tem que se unir dentro de campo. O trabalho tem que ser feito antes dos jogos, tem que se cuidar também. O Campeonato Brasileiro não está difícil, mas tem que ter um dedicação intensa. O Cruzeiro está sem jogadores acima da média, porém, como um grupo, eles podem ser fortes. Dá para sair da situação. O grupo tem potencial. 

Lesões


Foram momentos cruciais. Mas, não chegou a atrapalhar muito não. Fiz muitos jogos no Cruzeiro, Corinthians... não me aproveitaram muito no São Paulo, mas no Vasco eu joguei também.

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