Rafael está no Cruzeiro desde os primeiros anos da década de 2000. Foi titular em todas as categorias de base, mas, desde quando subiu ao elenco profissional há oito anos, pouco foi notado. Faltava uma grande oportunidade. E ela surgiu: o arqueiro de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, assumiu a responsabilidade após a contusão de Fábio neste ano e tem dado conta do recado, consolidando-se como o herdeiro da camisa 1.
Se alguns temiam que a falta de ritmo de jogo pudesse comprometer seu desempenho, Rafael, logo na primeira partida após se recuperar de lesão e assumir a meta celeste, provou que estava em forma. Na vitória sobre o Santa Cruz (2 a 0), pelo Campeonato Brasileiro, o goleiro jogou bem. Vale ressaltar a excelente defesa em cabeçada de Wallyson. A intervenção do cruzeirense foi eleita, inclusive, a principal da rodada pelo Sportv.
Ao assumir a meta celeste, o goleiro mostrou segurança. No início, teve alguns problemas com reposição de bola, em especial em tiros de meta. A saída do gol também parecia uma dificuldade para ele. Aos poucos, foi corrigindo essas falhas. Em jogos importantes, contra o líder Palmeiras, em São Paulo, e diante do Vitória, rival direto contra o rebaixamento, em Salvador, teve atuações destacadas.
Dos 22 jogos pelo Cruzeiro em 2016, Rafael passou 10 sem levar gols. A defesa, inclusive, tem se tornado um dos pilares do time. Prova disso é que os 12 gols sofridos em 16 partidas fazem do sistema defensivo celeste o quarto menos vazado do returno da Série A.
Rafael mostrou outra importante qualidade para um goleiro: é um exímio pegador de pênaltis. Ele mantém a “invencibilidade” nos quatro tiros de 11 metros que enfrentou na temporada 2016. Segurou a cobrança de Nikão na vitória celeste por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, pela Primeira Liga; pegou o arremate de Andrés Chávez, na derrota por 1 a 0 para o São Paulo, pelo Brasileiro, e também fechou o gol em cobrança de Cárdenas, no triunfo por 1 a 0 sobre o Vitória, pelo Brasileiro. Como todo goleiro precisa de sorte, viu a bola explodir no travessão em cobrança de Diego Souza, em jogo contra o Sport, nessa quarta.
Antes mesmo de Rafael demonstrar seu valor com boas atuações em campo, o Cruzeiro tratou de reconhecer a trajetória do goleiro na Toca da Raposa e renovou seu contrato. Ele tem vínculo até 2019.
A boa fase do goleiro Rafael, 27 anos, faz o torcedor do Cruzeiro levantar uma questão: quem deve ser titular da meta celeste em 2017, quando Fábio volta de contusão? Atleta que mais vezes vestiu a camisa estrelada, Fábio é titular do clube desde 2005, mas agora ganhou um ‘rival’ à altura.
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