Manoel e Bruno Rodrigo encaram missão de minimizar média de gols sofridos pelo Cruzeiro

quarta-feira, 3 de agosto de 2016


No jogo de domingo contra o Santos, o técnico Mano Menezes indicou sua nova dupla de zaga no Cruzeiro: Manoel e Bruno Rodrigo. Invictos sob o comando do treinador em 2015 (quatro vitórias e seis empates), eles tiveram o desafio de parar o ataque mais positivo do Campeonato Brasileiro (32 gols, mesma quantidade do Palmeiras), mas não conseguiram. Com gols de Vitor Bueno e Lucas (contra), o Peixe fez 2 a 0 na Vila Belmiro e subiu para a vice-liderança, com 32 pontos. A Raposa, por sua vez, desceu ao 19º lugar, com 15, e igualou o último colocado América no número de gols sofridos (29). Os mineiros dividem com a Chapecoense o status de defesa mais vazada da competição.

É preciso ressaltar que foi apenas o primeiro jogo de Manoel pelo Cruzeiro desde que ele se recuperou de artroscopia no joelho direito realizada em março. Diferentemente de Bruno Rodrigo, presente em 13 das 17 partidas da equipe na Série A 2016.

Apenas nas vitórias sobre o Botafogo, por 1 a 0 (5ª rodada), e Ponte Preta, por 4 a 0 (10ª rodada), o Cruzeiro deixou o campo sem tomar nenhum gol. Em contrapartida, foram 14 tentos sofridos na série de seis partidas sem vitória (cinco derrotas e um empate).

Um fato reforça a vulnerabilidade até aqui apresentada pela defesa cruzeirense. Dos 29 gols sofridos, 24 foram em finalizações de dentro da área. Os outros cinco saíram de lances de bola parada: dois em cobranças de falta e três em penalidades máximas.

Contra o Internacional, nesta quinta-feira, às 21h, no Estádio Independência, o Cruzeiro tentará se organizar defensivamente para não sofrer gols e dar o primeiro passo para a quebra de jejum de vitórias no Brasileiro. Manoel e Bruno Rodrigo avaliaram as condições de marcação do time e comentaram a missão de minimizar as estatísticas negativas.

“A marcação começa lá na frente, independentemente de quem joga. Temos que ajudar todo mundo. Só assim para sair dessa situação difícil”, afirmou Manoel. “Ter bastante organização. Contra o Santos tomamos um gol, mas estávamos fazendo bom jogo no geral, sem tomar pressão. Nós controlamos. Vamos continuar para crescer cada vez mais defensivamente para não tomar gol”, acrescentou Bruno Rodrigo.

Outra peça importante na defesa, o goleiro Fábio recomendou equilíbrio entre todos os setores da equipe para anular o ataque do Inter. “Não só na parte defensiva, mas também na ofensiva, o equilíbrio é crucial. Quando menos gols você sofrer, mais perto da vitória você vai estar. As horas que as oportunidades aparecem, são as horas que precisamos fazer os gols para dar tranquilidade ao restante da equipe e não jogar sempre no limite. Os jogadores estão cientes da necessidade desse equilíbrio”.

A média do Cruzeiro de 1,7 gol sofrido por partida no Brasileiro de 2016 só não supera as das edições de 2004 (1,71) e 2005 (1,76) do torneio por pontos corridos.

Gols sofridos pelo Cruzeiro no Brasileiro (desde 2003):

2003 – 47 gols em 46 jogos (média de 1,02)
2004 – 81 gols em 46 jogos (média de 1,76)
2005 – 72 gols em 42 jogos (média de 1,71)
2006 – 45 gols em 38 jogos (média de 1,18)
2007 – 58 gols em 38 jogos (média de 1,52)
2008 – 44 gols em 38 jogos (média de 1,15)
2009 – 53 gols em 38 jogos (média de 1,39)
2010 – 38 gols em 38 jogos (média de 1)
2011 – 51 gols em 38 jogos (média de 1,34)
2012 – 51 gols em 38 jogos (média de 1,34)
2013 – 37 gols em 38 jogos (média de 0,97)
2014 – 38 gols em 38 jogos (média de 1)
2015 – 35 gols em 38 jogos (média de 0,92)
2016 – 29 gols em 17 jogos (média de 1,7) *

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