Um dia após estreia, Rafinha e Ábila comentam momento turbulento do Cruzeiro na temporada

terça-feira, 19 de julho de 2016

Na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro vive seu pior momento na temporada. Não bastasse o aproveitamento ruim na competição nacional, a diretoria celeste viu um de seus jogadores conceder entrevista polêmica após a derrota para o Fluminense, por 2 a 0, nesse domingo. Durante a reapresentação do clube, nesta segunda, os fatos ganharam contornos ainda mais dramáticos. Cerca de 40 integrantes da torcida organizada Máfia Azul invadiram o centro de treinamento para cobrar reação dos jogadores.

Estreantes na derrota desse domingo, Rafinha e Ramón Ábila foram os escolhidos para conceder entrevista coletiva na Toca da Raposa II e já precisaram lidar com a pressão num dia absolutamente tumultuado. De fácil trato, o meio-campista relatou o que aconteceu na conversa com os torcedores.

"Em relação aos torcedores, não deveria ser normal uma invasão ao CT. A cobrança é normal, mas na arquibancada seria mais legal. Foi uma conversa pacífica, cobraram, mas não agrediram, não xingaram, foi mais uma conversa. Dos males o menor. Não deveria invadir um CT onde estamos trabalhando para tentar melhorar a situação. Agora é pensar no próximo adversário, e o jogo pela Copa do Brasil", disse.
"Cobrar no estádio é normal, quando o time não está bem tem que cobrar mesmo. O Cruzeiro é um time grande, é cobrado por títulos quando está bem e a cobrança agora é para sair dessa situação. Precisamos tentar esquecer e focar no jogo contra o Vitória, que é outra competição. Tivemos um bom resultado fora de casa e precisamos dedicar agora", complementou.

Ramón Ábila, por sua vez, destacou que a fase é passageira e garantiu que o Cruzeiro se recuperará. O argentino evitou polemizar a invasão dos torcedores nesta segunda-feira, na Toca II. "Precisamos ter valentia para mostrar que podemos vestir a camisa, saber o peso que tem essa instituição", pontuou. "É um momento. Todos passam por isso. Todas equipes, instituições. É passageiro, seguramente. Estamos preparados, queremos melhorar, todos querem", finalizou o jogador.

Riascos

A entrevista de Riascos também foi pauta da entrevista dos reforços cruzeirenses. Confuso em dado momento da entrevista, o meia Rafinha disse que o colombiano conversou com o restante do elenco após o jogo em Edson Passos, mas depois voltou atrás e disse que só soube da polêmica no ônibus, por meio da imprensa.

"Riascos teve uma conversa com todos os jogadores e, no ônibus, soube de uma entrevista. Cabe à diretoria e ao Riascos resolver. Precisamos preocupar dentro de campo, nos treinamentos. Fora dele, diretoria e Riascos vão resolver o assunto", disse o jogador.

O argentino Ramón Ábila também foi discreto ao comentar o episódio envolvendo o colega gringo. O atacante, titular contra o Fluminense justamente na vaga de Riascos, indicou que não tem conhecimento suficiente para falar sobre a situação.

"Não sei o que se passava, a etapa anterior pelo Vasco. São decisões. Não sou a pessoa certa para dizer se é uma decisão acertada. Quando ataca o clube, claro que não vamos aprovar. Mas Riascos e os dirigentes que vão se acertar", disse. 

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