Integrante de comissões anteriores, Raul não consegue analisar Bento: 'Fechou com grupo dele

terça-feira, 26 de julho de 2016



Desde que foi promovido das categorias de base do Cruzeiro à comissão técnica do time principal, ainda por Vanderlei Luxemburgo, em 2015, o ídolo Raul Plassmann tinha a missão de contribuir com os treinadores que passassem pela Toca da Raposa, como ocorreu com Mano Menezes e Deivid. A chegada de Paulo Bento, porém, afastou o profissional dos trabalhos no dia a dia.

Sem se sentir útil na função, Raul voluntariamente pediu para ser transferido de área e passou a trabalhar no departamento de marketing, na sede do Barro Preto. De observador técnico, ele se transformou em uma espécie de embaixador do clube.

O processo de blindagem promovido por Paulo Bento, em que deu ouvidos exclusivamente à sua comissão técnica, vinda de Portugal, culminou ainda com as saídas voluntárias do auxiliar Geraldo Delamore e do preparador físico Alexandre Lopes, integrantes do quadro fixo do clube.

"Eu não tive contato nenhum. Quando ele entrou, ele trouxe um mundo de gente, eu não tinha objetivo nenhum para ficar lá. Eu pedi para ir ao marketing. Não tinha o que fazer mais, ele trouxe a comissão técnica dele, não me procurou para nada. Estou no marketing agora, trabalhando, feliz, como um embaixador do clube. Se ele tivesse tomado iniciativa de vir conversar, mas não. Ele nem falou nada. Não deu bola, aí fui para o marketing”, revelou Raul, que relembrou como foi com Mano Menezes.

“Foi bem diferente. Ele me fez o convite na frente dos diretores, tudo, ainda em Campinas, quando auxiliei o Deivid naquele jogo contra a Ponte Preta, depois da demissão do Luxemburgo. Ficava sempre com os treinadores. O Mano conversava comigo, tinha muito mais afinidade. Eu estava todos os dias nos treinamentos”, disse ao Superesportes.

Demitido nesta segunda-feira, Paulo Bento havia levado para a Toca da Raposa II quatro profissionais de sua confiança, todos com aval da diretoria de futebol: os adjuntos Ricardo Peres e Sérgio Costa; o scouting Vitor Silvestre e o preparador físico Pedro Pereira. Diante disso, ele se isolou dos profissionais que o Cruzeiro tinha à disposição.

“Eu não sei. Não convivi lá. Na hora que ele foi contratado, ele deve ter dito aos diretores que não queria ninguém do clube na comissão dele. Ele estabeleceu as normas dele. Eu não sei o que aconteceu. Ele ficou fechado com o grupo dele”, complementou o ex-goleiro.

Depois de demitir Paulo Bento, o Cruzeiro está próximo de anunciar a volta de Mano Menezes. Por meio de seu vice-presidente de futebol, Bruno Vicintin, o clube já formalizou oferta ao treinador gaúcho e aguarda um retorno para oficializar o novo comandante.

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