Vinte anos se passaram, mas o ex-lateral-direito Vítor, do Cruzeiro, lembra até hoje quão intensa foi a final da Copa do Brasil contra o
“Não adianta só apoiar, fazer cruzamento e tomar
A vitória por 2 a 1 foi o prêmio por tanto esforço naquela noite. O ex-cruzeirense ressaltou que a comemoração palmeirense já estava armada, tamanha era a confiança do adversário de que bateria o Cruzeiro. “Nos bastidores já estava tudo esquematizado:
Confira a entrevista de Vítor ao Superesportes:
A conquista
Para mim realmente foi uma experiência muito boa. Quando eu cheguei ao Cruzeiro, eu já conhecia alguns jogadores. Eu conhecia o Palmeiras também, por já ter jogado no São Paulo. Aquele time era uma equipe muito forte. Mas, com o tempo, eu aprendi que não basta ter uma grande equipe com grande jogadores. O favoritismo era do Palmeiras, ainda mais jogando na sua casa, mas o futebol é surpreendente. A gente tinha muita confiança no título. Nós tínhamos grandes jogadores, jogadores de seleção.
Clima
Tudo na vida que você se prepara achando que está absoluto, a
Pressão do Palmeiras
Não adianta só apoiar, fazer cruzamento e tomar bola nas costas. Eu amadureci muito na minha carreira a parte defensiva. Eu tinha essa prioridade de ajudar na defesa. Eu fui muito feliz aquele dia, no suporte à zaga, com toda aquela pressão do Palmeiras. Agora, o Dida é monstro, além de ser um grande goleiro, consagrado, deu muita segurança. O Dida ali foi um gigante, tomamos muita pressão.
Levir Culpi
O que eu gostava dele (Levir) é que ele é muito íntegro, calmo. Ele nunca apelou com ninguém. E olha que ele tinha toda moral pra isso. Não tinha aquela pressão. Ele falava assim: ‘A hora chegou, não tem como correr, vamos para cima deles'. Ele sempre falava isso.
Chegada a Belo Horizonte
Foi uma consagração, acho que Belo Horizonte ficou muito linda, foi um experiência incrível. Para mim, a conquista foi muito grande. Tinha que ver… BH incendiou… foi loucura, muito bonito.
História no Cruzeiro
Agradeço muito ao Cruzeiro. O Cruzeiro foi um clube que me abraçou, abriu as portas para mim, me acolheu muito bem, foi muito gratificante. O Perrella (presidente Zezé Perrella) foi até São Paulo buscar a gente, hoje em dia não fazem mais isso. Me marcou muito, me senti muito bem. Ficamos na história. O Cruzeiro é um clube que sempre foi correto. Eu é que errei com o Cruzeiro. O Cruzeiro foi muito bom para mim, sempre. Eu fui para o Vasco, emprestado, em 1998. Quando eu voltei para o Cruzeiro no fim daquele ano, o meu passe era do Cruzeiro. Como eles não tinham depositado ainda meu Fundo de Garantia (FGTS), eu fui orientado a pegar meu passe. Hoje eu não faria isso, eu poderia ter voltado para o Cruzeiro, me recuperado no Cruzeiro. Foi um erro. Tenho um carinho muito grande com o clube. Tenho que agradecer sempre ao Perrella, ao Benecy (supervisor da época), que era um pai pra gente, ele nos fortalecia. Todos tinham muito caráter.
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