A frase dita por Ricardinho, em entrevista ao Superesportes, dá mostras da importância do título daquela Copa do
Em atuação inspirada de todos, o Cruzeiro venceu o Palmeiras por 2 a 1 em
Veja a entrevista de Ricardinho ao Superesportes:
O que lembra daquele
Eu lembro que, pra mim, foi muito especial. Foi meu primeiro ano como titular do Cruzeiro e a gente tinha conseguido ganhar o Campeonato Mineiro. A conquista da Copa do Brasil veio em seguida, um título nacional, muito mais expressivo. Foi mais expressivo ainda pelos adversários que cruzamos ao longo da campanha, Flamengo, Corinthians. E o Palmeiras, na final, que tinha uma equipe muito forte. Aquilo foi muito especial. É um dos títulos mais especiais da minha carreira. Briga com a Libertadores para saber qual foi o maior (risos).
Comemoração
O título ganhou esse status importante na minha vida também pela comemoração. Foi uma coisa de louco. Lembro que chegamos a Belo Horizonte no carro de bombeiros, cruzamos o centro, a cidade toda. Foi impressionante, é uma coisa que não acontece da mesma forma há muito tempo aqui em Belo Horizonte.
Peso do título
Foi enorme. O Palmeiras era o favorito, mas a gente tinha um time muito bom, técnico, um time de alguns jogadores já campeões e experientes, que reunia raça e técnica. Me lembro daquele último jogo, contra o Palmeiras, quando saímos atrás do placar. Jogadores como Nonato falavam no vestiário: ‘Se perder a bola muito rápido, vamos tomar pressão e vai dificultar. Vamos manter o ritmo independentemente de levar um gol”. E foi isso que aconteceu, tomamos o gol no início, uma pressão, o Dida estava iluminado naquela noite. Mas mantivemos a cabeça no lugar e fizemos o que deveríamos ter feito. A vitória não foi uma coincidência. Sabíamos o que tínhamos que fazer.
Temor ao Palmeiras
Com certeza. A gente foi para vencer nos dois jogos, mas, como o Palmeiras era muito badalado, um time com vários jogadores muito qualificados, você fica com receio, principalmente no último jogo. O Vanderlei (técnico do Palmeiras naquela ocasião) estava bastante em evidência, também. Chegamos em São Paulo, no estádio, todo mundo gritando campeão. Você fica com medo, claro.
Diferencial na conquista
A gente tinha um treinador muito bom, que era o Levir Culpi. Foi fundamental para a nossa campanha. Foi um cara especial, sem dúvidas. Todos os jogadores devem falar sobre isso, ele aprimorava parte técnica, exigia a bola no chão, os dois toques rápidos no meio, e o grupo entendeu. Ele sabia unir bastante, também. A união foi fundamental para a conquista.
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