Bater em Rivaldo
Estrela do Palmeiras de 1996, Rivaldo era uma das principais preocupações do Cruzeiro de Levir Culpi na decisão. A obrigação de marcá-lo ficou sob a responsabilidade do ex-meio-campista Cleison, que, logo de cara, deu um recado para o rival.
"Eu falava direto para o Rivaldo: 'Aqui você não vai jogar não. Você já foi vendido. Vou meter a porrada em você, vou te quebrar'. Ele ficava com o
Titular no jogo da conquista, Fabinho reforçou o coro: "Na época, o Rivaldo já estava acertado com o Barcelona. Aí a gente até comentava: 'Vamos dar pancada nele, porque ele não vai colocar o pé em nenhuma jogada' (risos). Mas, no geral, os caras do Palmeiras eram bem tranquilos,
2. Leitoa da discórdia
A matéria apimentou o duelo, causou fúria entre torcedores das duas equipes, gerou críticas de Levir Culpi e quase provocou a demissão de um jornalista. No fim das contas, o título ficou com o Cruzeiro e a "provocação" foi repetida nas páginas do jornal no dia do título.
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3. Festa cruzeirense em restaurante alviverde
Favorito ao título, o Palmeiras já preparava a festa pós-jogo antes mesmo do duelo de volta da final. A derrota, no entanto, foi pretexto para os jogadores do Cruzeiro comemorarem num restaurante com as cores do rival em São Paulo.
"Depois do título, a gente até foi num restaurante verde e branco. Fomos comer o que o Palmeiras, “dono da festa”, comeria (risos)", relembra o ex-atacante Roberto Gaúcho, decisivo na final.
4. Festa armada e revista do título pronta?
O Cruzeiro chegou ao jogo de volta com a obrigação de vencer ou empatar por um placar igual ou superior a 2 a 2. Como forma de motivação, jogadores do clube mineiro tiraram proveito do favoritismo palmeirense.
"Todo mundo acreditava que eles iam ganhar fácil da gente. Até nos falaram que a Revista Placar já tinha feito uma edição especial do Palmeiras campeão. Não sei se é verdade, mas isso chegou ao nosso ouvido. Gastaram dinheiro à toa, né? (risos). Foi muito bom ganhar como nós ganhamos, do jeito que foi", relembra Palhinha, camisa 10 da equipe.
"Me marcou bastante ao chegar no Palestra Itália. Ao descer do ônibus, vi que o Palmeiras já tinha um convite de comemoração do título numa boate, já dando como certa a conquista daquele campeonato. Eu paguei esse convite, e mostramos para alguns jogadores: 'estão dando como certo, não estão respeitando a gente', conta Baresi, titular do Cruzeiro na final.
5. Pudim
Ainda não era a final. Mas, às vésperas de um jogo decisivo daquela edição da Copa do Brasil, o ex-meio-campista Cleison protagonizou uma cena curiosa no hotel que recebia os jogadores do Cruzeiro.
"Lembro que o Benecy (Queiroz) pegou o Cleison comendo um pudim grandão, inteiro, um dia antes do jogo. Ele era novo, garoto do bem, e gostava de comer muito (risos)", conta Roberto Gaúcho.
Cleison, no entanto, discorda da versão contada pelo ex-companheiro.
"Foi o seguinte: a gente tinha acabado de jantar. Aí estávamos subindo o elevador e o elevador parou no andar de um restaurante. Estava tendo uma festa, e tinha um pudim maravilhoso, e o Zelão pegou o pudim e levou para o nosso quarto. A gente ficou lá comendo o pudim. Aí, de repente, o Benecy bateu na porta. Ele xingou muito a gente por causa do pudim. Ele acabou com a gente. Até hoje quando eu vou à Toca os caras ficam falando que fui eu quem pegou o pudim, mas não foi (risos)", relembra o ex-meio-campista.
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