Ameaça a Rivaldo, festa programada e leitão da discórdia: os 'causos' do título do Cruzeiro em 96

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Em campo, Palmeiras e Cruzeiro se enfrentaram na histórica final da Copa do Brasil de 1996. Mas, além dos gols de Marcelo Ramos e Roberto Gaúcho, que deram o título à equipe celeste, a decisão tem outras histórias marcantes - e curiosas - vividas pelos campeões. Da caça a Rivaldo até a provocação a Vanderlei Luxemburgo, o Superesportesseparou cinco 'causos' da campanha vitoriosa. Confira:
Bater em Rivaldo


Estrela do Palmeiras de 1996, Rivaldo era uma das principais preocupações do Cruzeiro de Levir Culpi na decisão. A obrigação de marcá-lo ficou sob a responsabilidade do ex-meio-campista Cleison, que, logo de cara, deu um recado para o rival. 

"Eu falava direto para o Rivaldo: 'Aqui você não vai jogar não. Você já foi vendido. Vou meter a porrada em você, vou te quebrar'. Ele ficava com o olho arregalado. Só sei que deu certo. Ele ficou com medo, eu acho", afirmou o ex-cruzeirense, em contato com o Superesportes.

Titular no jogo da conquista, Fabinho reforçou o coro: "Na época, o Rivaldo já estava acertado com o Barcelona. Aí a gente até comentava: 'Vamos dar pancada nele, porque ele não vai colocar o pé em nenhuma jogada' (risos). Mas, no geral, os caras do Palmeiras eram bem tranquilos, amigos nossos. Não tinha provocação ou conversa no campo", comentou.

2. Leitoa da discórdia


No dia do primeiro jogo da final, o jornal Estado de Minas estampou em sua capa uma foto com quatro jogadores do Cruzeiro num jantar. O prato principal? Uma leitoa - em referência ao mascote do Palmeiras.

A matéria apimentou o duelo, causou fúria entre torcedores das duas equipes, gerou críticas de Levir Culpi e quase provocou a demissão de um jornalista. No fim das contas, o título ficou com o Cruzeiro e a "provocação" foi repetida nas páginas do jornal no dia do título. 

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3. Festa cruzeirense em restaurante alviverde


Favorito ao título, o Palmeiras já preparava a festa pós-jogo antes mesmo do duelo de volta da final. A derrota, no entanto, foi pretexto para os jogadores do Cruzeiro comemorarem num restaurante com as cores do rival em São Paulo.

"Depois do título, a gente até foi num restaurante verde e branco. Fomos comer o que o Palmeiras, “dono da festa”, comeria (risos)", relembra o ex-atacante Roberto Gaúcho, decisivo na final.

4. Festa armada e revista do título pronta?


O Cruzeiro chegou ao jogo de volta com a obrigação de vencer ou empatar por um placar igual ou superior a 2 a 2. Como forma de motivação, jogadores do clube mineiro tiraram proveito do favoritismo palmeirense.

"Todo mundo acreditava que eles iam ganhar fácil da gente. Até nos falaram que a Revista Placar já tinha feito uma edição especial do Palmeiras campeão. Não sei se é verdade, mas isso chegou ao nosso ouvido. Gastaram dinheiro à toa, né? (risos). Foi muito bom ganhar como nós ganhamos, do jeito que foi", relembra Palhinha, camisa 10 da equipe.

"Me marcou bastante ao chegar no Palestra Itália. Ao descer do ônibus, vi que o Palmeiras já tinha um convite de comemoração do título numa boate, já dando como certa a conquista daquele campeonato. Eu paguei esse convite, e mostramos para alguns jogadores: 'estão dando como certo, não estão respeitando a gente', conta Baresi, titular do Cruzeiro na final.


5. Pudim


Ainda não era a final. Mas, às vésperas de um jogo decisivo daquela edição da Copa do Brasil, o ex-meio-campista Cleison protagonizou uma cena curiosa no hotel que recebia os jogadores do Cruzeiro.

"Lembro que o Benecy (Queiroz) pegou o Cleison comendo um pudim grandão, inteiro, um dia antes do jogo. Ele era novo, garoto do bem, e gostava de comer muito (risos)", conta Roberto Gaúcho.

Cleison, no entanto, discorda da versão contada pelo ex-companheiro.

"Foi o seguinte: a gente tinha acabado de jantar. Aí estávamos subindo o elevador e o elevador parou no andar de um restaurante. Estava tendo uma festa, e tinha um pudim maravilhoso, e o Zelão pegou o pudim e levou para o nosso quarto. A gente ficou lá comendo o pudim. Aí, de repente, o Benecy bateu na porta. Ele xingou muito a gente por causa do pudim. Ele acabou com a gente. Até hoje quando eu vou à Toca os caras ficam falando que fui eu quem pegou o pudim, mas não foi (risos)", relembra o ex-meio-campista.

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