Rafael lembra ex-companheiro Ananias e demais jogadores da Chape

sábado, 3 de dezembro de 2016


O clima de tristeza é muito grande na Toca da Raposa II. Jogadores, comissão técnica e funcionários do Cruzeiro, além dos jornalistas que cobrem o dia a dia do clube, ainda estão muito abatidos pelo acidente com o avião da Chapecoense, na Colômbia. O goleiro Rafael concedeu entrevista coletiva, na tarde desta sexta-feira, no centro de treinamento cruzeirense, e falou sobre o momento de dor que todos os jogadores estão vivendo. Rafael lembrou especialmente do atacante Ananias, que jogou no Cruzeiro em 2013.
- É um momento muito triste em que o nosso futebol e o nosso país estão de luto. Uma fatalidade como esta afeta todos nós. Tive a oportunidade de jogar com o Ananias, conheci ele e a família. Conheci todos. Os profissionais de imprensa também. Não tem como não falar dessa fatalidade. Afeta todos nós. Vocês da imprensa também. Uma fatalidade tão próxima. Dá pra ver no dia a dia como está o clima, o ambiente está diferente. Tudo nos faz lembrar. Eu saio daqui e fico ligado na TV vendo as notícias, rezando muito pelas famílias que perderam os entes e pelos sobreviventes que estão nesta luta pela vida. É difícil falar, mas é algo que a gente tem vivido 24 horas por dia.
Para Rafael, o melhor a fazer neste momento é rezar para os mortos, para suas famílias e também para os sobreviventes. 
- É difícil falar. Eu fiquei muito triste, chorei muito. Não só pelo Ananias que foi um companheiro, mas por todos. Foi uma perda muito grande. Nós que trabalhamos com isso ficamos muito emocionados e choramos muito. O Brasil inteiro tem mandado forças. Foi um duro golpe, mas eles não estão sozinhos. Estamos juntos em oração. Vamos fazer tudo para honrar o time da Chapecoense e as famílias. Nunca vamos esquecer. Cada um deles vai estar sempre nas minhas orações.
Rafael afirma que o Cruzeiro vai entrar em campo, no último jogo do Brasileirão, marcado para o dia 11, no Mineirão, contra o Corinthians, com toda a dignidade, até mesmo como uma homenagem à Chapecoense.

- Eu acho que já está sendo difícil a retomada dos trabalhos. Ontem foi um dia difícil, naquela oração. Devagarzinho vamos retomando as atividades porque somos profissionais e temos compromissos. Vamos continuar trabalhando, mas carregando no coração mais pessoas. Tenho certeza que vamos fazer o possível para lembrar dos momentos felizes que todos estes jogadores tiveram dentro de campo. Os jornalistas também. A maior homenagem é carrega-los juntos de nós. Tivemos perdas muito grandes. Vamos sempre lembrar com muito carinho. Temos que reunir forças para ter esta semana de trabalho e jogar. Como somos profissionais temos que cumprir nossa obrigação, fazer o último jogo com a maior dignidade possível. É assim que temos que continuar.

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