Se dona Gloria Ábila seguisse os conselhos
ão muitas as histórias do novo xodó da torcida celeste. Dona Gloria não escondeu nada. Ao Superesportes, ela revelou que ficou
“Estamos muito orgulhosos. Está muito
A forma positiva como Ábila encara a vida vem da criação no bairro humilde de Remedios de Escalada, no norte da cidade de Córdoba, na Argentina, a 700 quilômetros de Buenos Aires. "Mesmo com a pobreza, com as dificuldades, o Ábila teve uma infância feliz, com muito amor, cercado de bons amigos, boas influências. Gostava de brincar com os primos, bater bola na rua, sempre frequentou a escola. Ele nunca se envolveu em confusão. Era um menino do bem”, contou a mãe.
Ábila sempre gostou de comer. Percebe-se pelo porte do atacante, hoje em forma, mas que já foi chamado de gordo por Carlos Bianchi, o técnico que mais vezes conquistou a Copa Libertadores. Mas o cruzeirense relevou as críticas, tratou a situação com bom humor e respondeu marcando muitos gols - foram 53 em 108 jogos pelo Huracán, onde ganhou visibilidade internacional. Na infância, seu prato predileto era a empanada (espécie de pastel assado, muito típico na Argentina). Comia tudo acompanhado de um achocolatado. “Gostava muito da empanada quando criança. E a receita é muito fácil. Faz com carne moída, tomate, cebola, pimentão, tempero e uma massa. Leva ao forno e fica pronto. Ele saboreava com gosto. Comia muita massa também. Quando foi ficando mais velho, aprendeu a tomar mate com a avó. Hoje, não desgruda do mate. Gosta de pratos simples, nada muito sofisticado”, comentou Gloria.
Embora estudasse e dedicasse parte do tempo ao futebol, Ábila também trabalhou na adolescência. Ajudava o pai assentando pisos em casas de Córdoba. Depois, foi funcionário de uma loja de peças de caminhões. No tempo livre, gostava de ir a shows de cuarteto argentino, música tradicional da Argentina. La Mona Jiménez, inclusive, é um dos seus ídolos.
A mãe de Ábila sempre encarou o futebol como um momento de lazer do filho. Nunca pensou em uma carreira internacional exitosa. “Não pensei que ia chegar tão longe. Gostava de jogar campeonato de bairro, é muito amigo dos amigos do pai dele, sempre estava nos times. Até que conseguiu uma oportunidade no Instituto (time de Córdoba). Depois, estourou no Huracán e foi para o Cruzeiro. Mas nunca o pressionamos, também não cobramos nada. Apenas o acompanhávamos, dando força. Queríamos um filho feliz. E isso a gente conseguiu”, ressaltou a mãe de Ábila.
Dona Gloria ainda mora com o esposo, Ramón, no bairro Remedios de Escalada, em Córdoba. Outros três filhos também continuam na cidade. Uma filha reside na Espanha. Mesmo longe, Ábila tenta ajudar a família. “Ele nos ajuda. O pai fica sem serviço e ele paga as contas, tenta nos ajudar da melhor forma”, frisou dona Gloria, que mais do que ninguém sonha com os gols do filho no Cruzeiro. “Que esta fase boa não passe nunca”, afirmou, aos risos.
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