Cálculos, adversários e comparações: a situação do Cruzeiro para escapar do rebaixamento

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Quando o futebol não aparece e os pontos minguam, é hora de recorrer aos cálculos. Para o torcedor do Cruzeiro, é importante ter em mente que a cada resultado negativo a briga contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro se torna cada vez mais palpável e inglória.

Na 17ª posição, a Raposa é a primeira equipe na zona da degola, com 30 pontos. Faltam 11 rodadas para o fim da competição nacional. A conta parece simples: para evitar qualquer chance de queda, são necessários 47 pontos. Quem garante é o engenheiro gaúcho Tristão Garcia, especialista em probabilidades do futebol. 

Para chegar lá, a Raposa precisa somar mais 17 pontos – cinco vitórias e dois empates até o fim do torneio. 

Os cálculos da UFMG são ainda mais conservadores. Segundo o departamento de matemática da universidade, apenas com 51 pontos é possível garantir a permanência na Série A. Logo, são necessários mais 21 pontos, uma média de dois por jogo até o fim do Brasileiro.

A titulo de curiosidade, desde que a Série A passou a ser disputada por 20 clubes em turno e returno, a maior pontuação de uma equipe rebaixada foi 45, com o Coritiba, em 2009.

Independentemente da pontuação necessária para escapar da queda, certo é que o Cruzeiro precisa melhorar o aproveitamento. Hoje, o rendimento do clube é de 37% e, para atingir a meta de 47 pontos, tem que elevar o patamar para 51,51%

Nem o trabalho de Mano Menezes tem dado alento ao torcedor. Desde que assumiu o comando celeste, o treinadorconquistou 45,45% dos pontos possíveis no Brasileiro - em 11 jogos, são 4 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. Os números dele não chegam a ser suficientes para afastar o temor do rebaixamento.

RISCO DE REBAIXAMENTO

Hoje, o Cruzeiro sustenta elevado risco de queda. A UFMG diz que o clube tem 37,7% risco de ser rebaixado. Já o siteInfobola informa que são 34%.

UFMG

América – 96,7%
Santa Cruz – 94,2% 
Internacional – 69,3%
Cruzeiro – 37,7%
Figueirense – 37,4%
Vitória – 22,8%
Sport – 16,2%
Coritiba – 12,6%
São Paulo – 10,3%
Chapecoense – 1,2%
Botafogo – 0,75%

Infobola
América - 99%
Santa Cruz - 94%
Inter - 70%
Figueirense - 41%
Cruzeiro - 34%
Vitória - 26%
Sport - 15%
Coritiba - 12%
São Paulo - 7%
Botafogo - 1%
Chapecoense - 1%


RIVAIS ATÉ O FINAL

Os dois próximos jogos para o Cruzeiro podem ser um respiro nesta complicada situação. Para isso, o clube jogará em casa e contará com o fator torcida. São partidas contra Grêmio e Ponte Preta, ambas no Mineirão. Os rivais estão no meio da tabela e ainda sonham com uma vaga na Copa Libertadores. 

Em seguida, a Raposa terá difícil confronto contra o líder Palmeiras, fora de casa. A partida será disputada na Fonte Luminosa, em Araraquara. Será o último adversário celeste na tabela que concorre ao título. 

Na sequência, o Cruzeiro enfrentará clubes do bloco intermediário e que brigam contra o Z-4, além de outros que visualizam uma vaga no G-4.

Cruzeiro x Grêmio – briga pela Libertadores
Cruzeiro x Ponte Preta – briga pela Libertadores
Palmeiras x Cruzeiro – briga pelo título
Cruzeiro x Chapecoense – bloco intermediário
Vitória x Cruzeiro – briga contra o rebaixamento
Atlético-PR x Cruzeiro – briga pela Libertadores
Cruzeiro x Fluminense – briga pela Libertadores
Sport x Cruzeiro – briga contra o rebaixamento
Cruzeiro x Santos – briga pela Libertadores
Internacional x Cruzeiro – briga contra o rebaixamento
Cruzeiro x Corinthians – briga pela Libertadores


COMPARAÇÃO COM 2011

Quando pensa em briga contra o rebaixamento, o torcedor do Cruzeiro sempre lembra de 2011. Naquele ano, o último do ex-presidente Zezé Perrella à frente do clube, após 27 rodadas, a Raposa tinha 29 pontos, mas ocupava a 16ª colocação, fora da zona de rebaixamento. Em 2011, o time escapou da degola com 43 pontos. E foi só na última rodada que veio a salvação: o Cruzeiro venceu o rival Atlético por 6 a 1 na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

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