Paulo César Borges

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Paulo César Borges, 06/03/1960, Fronteira MG


ORGULHOSO Paulo César exibe os troféus “Charles Miller”, que ganhou como melhor goleiro e menos vazado do Brasileirão de 1994, pela Portuguesa

A trajetória de Paulo César Borges no futebol é dividida em duas etapas. A primeira, dos 18 aos 29 anos, com passagens por equipes do interior de São Paulo, incluindose aí, duas temporadas no Sport Recife. A segunda, entre 29 e 39 anos, atuando por grandes clubes. “A partir daí comecei minha carreira, de fato”, brinca o ex-goleiro. Nascido em Fronteira, no dia 6 de março de 1960, ele começou a jogar no time amador de sua cidade, influenciado pelo pai, Vadico, que por coincidência, também era goleiro. Paulo César tentou a sorte no América, mas não teve oportunidade. “Seo Pedro Favarine (ex-diretor do amador) me achou baixo e nem me deixou treinar”, recorda. Jorge, um vendedor de autopeças e conhecido de Pedro Pavão, presidente do Marília, o levou para o MAC. Foi escolhido por Pupo Gimenez entre 10 goleiros que estavam em testes. Pouco tempo depois já era titular do time principal. O técnico Mário Travaglini o convocou para a Seleção Brasileira de Juniores (sub-20), vice-campeã do Torneio Juventude da América, no Equador. Na final, o Brasil perdeu da Argentina. Em março de 1981, Paulo César veio para o América e Cândido foi para o MAC, ambos emprestados e com os passes estipulados em Cr$ 5 milhões. Paulo César foi o goleiro menos vazado do Paulistão e, junto com o ponta-direita Marinho, acabou convocado pelo técnico Zé Duarte para defender a seleção paulista.

Ficou no Rubro até 1984, novamente sendo um dos menos vazados do Paulistão. Transferiu-se para o Sport, comandado pelo técnico Carlos Alberto Silva. Emerson Leão chegou ao clube pernambucano em 1987 e Paulo César retornou ao América. Em junho de 1988, após o Paulistão, transferiu-se para o Catanduvense, ajudando a equipe da região a subir para o Paulistão. No ano seguinte foi comandado por Vanderlei Luxemburgo no Bragantino. Em agosto de 1989, o técnico Ênio Andrade, com quem havia trabalhado no Sport, pediu sua contratação aos dirigentes do Cruzeiro. Ficou no clube mineiro cinco anos até que em 1994 acertou com a Portuguesa. No Canindé, atuou com Zé Roberto, que recentemente esnobou a Seleção Brasileira e trocou o Santos pelo Bayern de Munique. Na Lusa, Paulo César foi eleito o melhor goleiro e o menos vazado do Brasileirão de 1994, com 20 gols sofridos em 25 jogos e a média de 0,80 por partida, recebendo dois troféus ‘Charles Miller’, honraria instituída pela TV Globo aos melhores do campeonato. “Até hoje sou o único goleiro a ganhar os dois prêmios num mesmo ano”, orgulha-se. Em agosto de 1995 foi contratado pelo Flamengo, que montou o time dos sonhos, com Edmundo, Romário e Sávio.

No ano seguinte jogou no Guarani e em 1997 foi para o Atlético-MG. Retornou ao Cruzeiro, permanecendo até 1999, e no segundo semestre defendeu o Araçatuba no Paulistão. “Pretendia encerrar minha carreira no América, mas dirigentes ignoraram meu desejo.” Paulo César foi campeão pernambucano pelo Sport e subiu ao Paulistão com o Catanduvense. No Cruzeiro, foi bicampeão da Supercopa (atual Copa Sul-Americana), tetracampeão mineiro (1990, 91, 92 e 98) e bicampeão da Copa do Brasil (93 e 96). No Atlético-MG, conquistou a Conmebol e a Taça Centenário de BH. Começou a trabalhar como preparador de goleiros, mas levou alguns calotes e decidiu parar. No ano passado, comprou um posto de combustíveis no centro de Rio Preto, de onde tira o sustento para a mulher, Paula, e os filhos Mariana e Paulo Júnior, que pretende seguir a carreira do pai.

Fonte: Diário Web




CRUZEIRO CAMPEÃO MINEIRO DE 1990 - Em pé: Paulo César, Gílson Jader, Adílson, Balu, Roberto e Eduardo; Agachados: Helder, Paulo Isidoro, Luís Gustavo, Careca e Édson / Crédito: Arquivo Placar

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