Reportagem sobre Alonso

terça-feira, 11 de junho de 2019




20/12/2013
Link do qual foi extraído o texto

Lateral Alonso anuncia fim da carreira para cuidar dos filhos
Christiano Jilvan 06:10
TRÊS MESES após drama familiar, jogador decide por aposentadoria aos 33 anos; planos passam por projeto social em Montes Claros para carentes


Viúvo há três meses, jogador anunciou a aposentadoria para cuidar dos filhos
UM DOS montes-clarenses com maior projeção no futebol nos últimos anos, o lateral esquerdo Alonso anuncia o fim da carreira aos 33 anos. Ainda novo para o futebol de hoje, a decisão acontece diante de um drama familiar. Há três meses, sua esposa faleceu aos 31 anos, vítima de um infarto fulminante quando estavam em Salvador/BA. E para cuidar dois filhos, um de cinco e outro de 1,5 meio, ele está abrindo mão do futebol.

A INFORMAÇÃO foi dada pelo próprio Alonso, durante participação no programa Momento Esportivo, da TV Canal 20 (Cabo), de Montes Claros, nessa quinta-feira. O ex-atleta adiantou ao apresentador Rubem Ribeiro que está preparando a mudança de Belo Horizonte para Montes Claros, onde residem seus pais.

 

Alonso em ação pelo Marítimo de Portugal, em 2012
NETO DO lendário Sabu, ícone do esporte local como multiatleta do futebol, natação, basquete e futsal e por ser pioneiro na Educação Física e no treinamento de jovens na iniciação esportiva, Alonso disputou o último Campeonato Mineiro pelo Tupi de Juiz de Fora e o Brasileiro da Série D pelo Villa Nova, mas foi no início de carreira que passou por dois dos principais clubes do Brasil: Cruzeiro e Fluminense. Nos três anos de Raposa (1998 a 2000), alternou a titularidade e a reserva de Juan Pablo Sorín. Esteve ainda no Criciúma e Paysandu até 2004 e depois foram oito temporadas seguidas em dois clubes de Portugal: Nacional da Ilha da Madeira e Marítimo. Por fim, voltou para Minas, onde defendeu o Tupi e o Villa.

“GOSTO MUITO do futebol, que me projetou como profissional e me fez realizar sonhos, mas neste momento são meus filhos precisam de mim”, resumiu o atleta. No entanto, o futebol faz parte dos planos nesta volta à origem: em um terreno próprio, nas imediações do BNB Clube, quer criar um projeto social voltado ao esporte para crianças e jovens em vulnerabilidade social. “É outro sonho”.

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Neste outro texto, Alonso conta um pouco da sua história:

Montes-clarense Alonso Matos conta um pouco sobre sua carreira vitoriosa no futebol
Depois de passar por equipes de ponta do futebol brasileiro e de Portugal, o montes-clarense Alonso Matos, está de volta à sua cidade natal, depois de se aposentar prematuramente, devido a problemas particulares. Em entrevista a reportagem do Jornal Gazeta Norte Mineira, o ex-atleta fala um pouco sobre tudo que viveu no futebol.   GNM – Como o futebol começou na sua vida? Alonso – O futebol começou na minha vida ainda quando criança, por influência da minha família, mas especialmente do meu pai, que sempre foi amante e jogou futebol também. E desde de pequeno despertou em mim essa paixão pelo futebol. Desde pequeno, vendo meu avô José Francisco “Sabú”, um dos grandes profissionais da educação física, e meu tio Athan (mais conhecido como Pelé), que também já jogou futebol e futsal era meu treinador na quadra da família ‘Sabas Bar’. Dali, joguei futsal no Montes Claros Tênis Clube, com o professor José Aparecido (Zé Leite), e no mesmo período treinava futebol de campo no Cassimiro de Abreu, com o professor João Bispo “Bonga”.   GNM – E as oportunidades em grandes equipes? Alonso – Meu pai, meu grande incentivador, resolveu me levar à Belo Horizonte, e fiz testes tanto no Cruzeiro como no Atlético e fui muito bem nos dois, mas como ainda era muito jovem e minha família não podia mudar para lá, voltei. Um tempo depois, o treinador do juvenil do América, que na época era Wantuil Rodrigues, veio até a cidade fazer testes com garotos mais velhos do que eu. Mas aí meu pai ficou sabendo e me levou, mas o técnico não queria deixar, pois era bem mais jovem, mas meu pai insistiu tanto que ele permitiu e fui muito bem, e ele garantiu que no início de janeiro do ano seguinte eu iria para o América. Mas semanas depois ele me ligou dizendo que eu não me apresentaria no América e sim no Cruzeiro, pois ele tinha sido contratado pelo time celeste, e fiquei muito feliz.   GNM – E como foi sua ascensão no Cruzeiro? Alonso – Iniciei no infantil (sub-15), como meia esquerda, mas meu treinador da época era o Ney Franco, aí ele me improvisou na lateral esquerda onde me saí muito bem e me mantive nesta posição. No ano seguinte, subi para o juvenil, e o Ney também foi e no outro ano já estava no júnior, aí comandado por Alexandre Barroso. Considero minha ascensão no clube muito rápida, tanto que em 1998 já subi para o profissional a pedido do técnico Levir Culpi, com 17 anos de idade.   GNM – Quanto tempo tem de carreira, e por quais clubes passou além do Cruzeiro? Alonso – Contando categorias de base e profissional, minha carreira durou 20 anos, sem lesões graves, jogando em grandes clubes. Além do Cruzeiro, joguei no Guarani de Campinas, Criciúma, Fluminense, Paisandú, e em Portugal joguei no Nacional e Marítimo, e quando voltei joguei no Tupi, de Juiz de Fora e no Villa Nova, de Nova Lima.   GNM – Quem foi o melhor companheiro de equipe durante este período? Alonso – Não dá pra citar apenas um, pois tive a oportunidade de jogar com vários atletas que eram bons dentro e fora de campo. E assim, posso citar o Cleber Monteiro, com quem joguei junto em três equipes; teve também o Geovanni, o Joãozinho, o lateral direito Luciano, além do goleiro Fábio, com quem cheguei a dividir apartamento e o Tcho, que ainda está atuando.   GNM – E o melhor treinador? Alonso – Treinador também tenho que citar vários. Desde as divisões de base, que foi o Ney Franco, que foi aquele que me mudou de posição e me deu oportunidade de seguir bem na carreira profissional. Profissionalmente, o que se destacar não tem como, tem que ser o Luis Felipe Scolari (Felipão), com quem trabalhei no Cruzeiro durante 18 meses, realmente é um treinador. Em minha opinião, ele tem uma gestão de grupo excelente. O lidar com os jogadores ele é muito bom, além da sorte para conquistar títulos.   GNM – A maior emoção no futebol? Alonso – A maior emoção foram os títulos conquistados. Fui campeão estadual pelo Cruzeiro, Copa do Brasil pelo Cruzeiro e fui campeão da Série B pelo Criciúma.   GNM – E a maior decepção? Alonso – A maior decepção foi ter que encerrar a carreira, pois não continuar jogando é muito ruim, pois ultrapassei a média dos 10 anos de carreira. Ainda assim, é horrível ter que deixar os amigos da bola. GNM – E agora? Alonso – Hoje voltei a residir em Montes Claros, ainda estou neste período de adaptação ao pós-futebol. Mas tem minha família que me apoia e me ajuda. Tenho dois filhos maravilhosos, que são Guilherme e Bernardo que minha vida agora e dar assistência para eles e muito feliz de estar aqui encontrando amigos e refazendo a vida. (LM)  

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